terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Sentimento do mundo

Sentimento do mundo
Sentimento do mundo [1940]
Carlos Drummond de Andrade
Resumo de Obras Literárias

1.  Apresentação: Drummond encontra o mundo
O sentimento do mundo é também uma tomada de consciência do universo histórico concreto. Sem ser absolutamente um texto de depoimento, este livro – o primeiro que o poeta escreveu no contexto social mais vasto e mais complexo do Rio, leva a marca da consciência literária do final dos anos 30, sensibilizada pelas tensões e conflitos do período pré-guerra. Diante do aguçamento geral das contradições sociais, a crítica drummondiana das alienações burguesas passa por uma crispação radicalizante.
(José Guilherme Merquior. Verso Universo em Drummond)
Sentimento do mundo, terceiro livro de Carlos Drummond de Andrade, apresenta 28 poemas escritos, em sua maioria, durante a segunda metade da década de 1930, reunidos e publicados em 1940.
Foi o primeiro livro escrito e publicado por Drummond no Rio de Janeiro, para onde se mudara em 1934, para trabalhar como chefe de gabinete do então ministro da Educação, seu amigo Gustavo Capanema. O crítico John Gledson chamou a atenção para o quanto os poemas do livro são “dependentes de uma paisagem concreta – a carioca”.
Trata-se de uma obra de transição: da poesia ainda presa a modelos do modernismo inicial, que dominou a primeira fase da obra drummondiana, para a poesia comprometida com questões históricas e sociais, com tendência a reflexões existenciais de cunho mais universal que meramente pessoal, características da segunda fase, da idade madura do poeta.
Em linhas mais detalhadas: dos retratos humorísticos do cotidiano da vida burguesa para a reflexão crítica ou sentimental sobre os problemas do mundo; do humor tendente à piada típico da primeira geração para o humor tendente à provocação e até ao grotesco; dos retratos das paisagens geográficas e culturais mineiras para a paisagem urbana e praiana do Rio de Janeiro e uma visão ampla dos problemas e angústias do mundo em crise; da linguagem coloquial e do tom descompromissado para uma linguagem mais “séria”, frequentemente elevada, de tom reflexivo, às vezes dramático; dos poemas de formas breves e versos mais livres para outros em que é perceptível um maior domínio e variedade das formas de versificação, chegando a adotar modelos incomuns como o poema em prosa ou clássicos como a ode e a elegia.

Enfim, um livro em que ocorre a passagem da poesia centrada no “eu” para uma poesia que se abre para o mundo; um mundo, como veremos, dominado por uma realidade não muito animadora, a exigir o engajamento do poeta.

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Vidas Secas

Vidas Secas 
Graciliano Ramos
Resumo de Obras Literárias


1. Sinopse
O áspero do sertão, que brutaliza as pessoas e petrifica os sentimentos, transparece a olhos vistos no último romance de Graciliano Ramos. Vidas Secas (1938) traduz, tendo a morte como pano de fundo, o sofrimento da pequenez humana diante de uma natureza implacável e seca e diante da própria arbitrariedade que rege as relações humanas nesse meio. Composto por treze capítulos e marcado por um estilo conciso, o livro, em sua essência, retrata a peregrinação de uma família de retirantes pelos confins do sertão nordestino. O andar necessário, ditado pelo sertão, é o fio condutor dessa história que reduz a existência de homens & bichos a um lutar instintivo pela própria sobrevivência.
A autonomia interna que caracteriza os capítulos de Vidas Secas dá a esse livro, curiosamente, uma unidade própria que o diferencia completamente das obras anteriores de Graciliano Ramos. Compostos e publicados separadamente, os capítulos formam um cenário de situações que procura ajustar a hostilidade natural do sertão à realidade social nordestina.
Ao principiar e findar por um andar necessário, o livro nos indica que a circularidade que o reveste, a modo de retorno perpétuo, organiza e retrata a vida sofrida do sertanejo. Tal circularidade ainda se reforça pela recorrência de determinadas situações no interior do livro como, por exemplo, a consciência de inferioridade de Fabiano ou o verdadeiro desejo sincero de sinha Vitória por uma “cama real”. Esse movimento contribui para estabelecer um forte nexo interno que, a todo momento, reafirma a unidade estrutural do romance. Vejamos agora o livro mais de perto:

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Capitães da Areia

Capitães da Areia 
Capitães da Areia  (1937)
Jorge Amado
Resumo de Obras Literárias

1. Síntese do enredo 
Primeira parte
O autor conta algumas histórias sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado; havia líderes). O clímax da primeira parte vem em dois momentos: quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou à cidade e experimentam as sensações infantis; e quando a varíola ataca a cidade, matando um deles, apesar da tentativa do padre José Pedro em ajudá-los.
Segunda parte
Relata a história de amor que surge quando a menina Dora se torna a primeira “Capitã da Areia”. Apesar de inicialmente os garotos pensarem em estuprá-la, ela se torna tal qual uma mãe ou irmã para todos. E uma esposa para Pedro Bala. Ela e Pedro Bala são capturados e muito castigados. Conseguindo fugir, bastante enfraquecidos, amam-se pela primeira vez na praia. Logo em seguida ela morre.
Terceira parte
Mostra a separação dos meninos. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia, que odeia; Professor parte para o Rio de Janeiro onde se torna um pintor de sucesso, entristecido com a morte de Dora; Gato se torna um malandro de verdade, abandonando sua amante Dalva; Pirulito se torna frade; padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para o sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 70 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande tornase marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de saveirista e capoeirista; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai, sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e os Capitães da Areia auxiliam nas greves. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim, Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Areia e se torna um líder revolucionário comunista.



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A cidade e as serras

A cidade e as serras 
Eça de Queirós
Resumo de Obras Literárias

Sinopse
A Cidade e as Serras é um romance composto por 16 capítulos que contam a transformação de Jacinto de Tormes de homem superurbano e adepto incondicional da civilização e do progresso (a cidade de Paris), entregue a um cansaço e a um tédio inexplicáveis, em homem apaixonado pela natureza e pelo campo (as serras de Tormes, em Portugal), cheio de entusiasmo e apetite pela vida.
Podemos dividir os 16 capítulos do livro em duas partes, cada uma delas dedicada a uma das fases da vida de Jacinto. A primeira parte é formada pelos capítulos de 1 a 7 e metade do oitavo; a segunda parte vai de metade do oitavo capitulo até o final do livro.



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O Cortiço

O Cortiço 

O Cortiço (1890)
Aluísio de Azevedo
Resumo de Obras Literárias


I– Apresentação e sinopse 
O Cortiço (1890) é considerado a obra-prima da literatura do Naturalismo no Brasil. A história conta, em primeiro plano, a trajetória de João Romão, imigrante português pobre que começa a enriquecer graças a sua capacidade animal para o trabalho e à exploração da escrava de ganho Bertoleza, a quem toma por amante depois de mentir a ela que teria inteirado suas economias (das quais, na verdade, se apoderara) para comprar sua carta de alforria. 
De uma pequena venda inicial, João Romão constrói um imenso cortiço, monta uma estalagem, adquire uma pedreira. Com o tempo, sua relação inamistosa com o dono de um sobrado vizinho ao cortiço, Miranda (também imigrante português que se tornara burguês depois de um casamento por interesse e que adquire o título de Barão), vai se transformando em inveja, o que o incentiva a mudar de vida e adentrar, aos poucos, o universo da alta sociedade. Por meio de um agregado de Miranda, Botelho, aproxima-se do barão e torna-se pretendente à mão de sua filha, Zulmira. 
Para isto, João Romão precisa se livrar de Bertoleza, que se mantinha na mesma condição de trabalhadora miserável. Com a ajuda de Botelho, entrega-a ao antigo proprietário, o que provoca o suicídio da escrava. 
Em paralelo à história de João Romão, são narradas as existências de muitos moradores do cortiço, destacando-se o romance entre Jerônimo, outro imigrante português, trabalhador hercúleo e exemplar, que troca a ingênua e fiel esposa Piedade pela mulata Rita Baiana, símbolo do ambiente tropical brasileiro que dobra o imigrante à sensualidade e à preguiça. A relação com Rita Baiana leva Jerônimo a assassinar seu amante, o mulato Firmo, o que provoca uma guerra entre o cortiço São Romão e o cortiço rival, o Cabeçade-gato. 
Durante a batalha, o cortiço é incendiado por uma das moradoras que enlouquecera, a Bruxa. A destruição não traz prejuízos a João Romão, que reconstrói e multiplica os cômodos, ampliando seu lucro e melhorando o nível de sua freguesia. 
O grande personagem do romance é, na verdade, o próprio cortiço, tratado como um organismo vivo em cujo interior todas as vidas são destroçadas e atiradas à decadência, como bem exemplifica a história de Pombinha, moça bem-educada e bem-tratada que, criada naquele ambiente, não se acomoda à vida do casamento pequeno-burguês e opta pela prostituição ao lado da amante Léonie. 
O Cortiço é a mais convincente obra fundada no estilo do Naturalismo a retratar a sociedade brasileira de seu tempo. Positivismo, Cientificismo, Biologismo, Determinismo, Darwinismo Social e tantas outras correntes de pensamento da época são manipuladas de maneira convincente de modo a mostrar ao leitor as misérias da sociedade e da natureza humana. 

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Memórias póstumas de Brás Cubas

Memórias póstumas  de Brás Cubas 

Resumo de Obras Literárias
Memórias póstumas de Brás Cubas
Machado de Assis

Sinopse
Publicado em 1881, Memórias póstumas de Brás Cubas é um romance de ruptura, tanto em relação à produção anterior de Machado quanto em relação à tradição do romance como um todo. Marca o início do Realismo entre nós, segundo a periodologia literária, embora pratique um realismo muito peculiar, como se verá ao longo da análise e da interpretação do livro. Nele consolida-se a “nova maneira” de Machado e afirma-se a sua tão falada “genialidade”. Essa nova maneira está caracterizada por um estilo de digressões, de comentários maliciosos em torno dos raros fatos relatados e, sobretudo, por uma arte de narrar que é ao mesmo tempo uma técnica de despistamento do leitor. No entanto, o próprio Machado nos advertirá para a necessidade de considerar que sua obra anterior já traz em si os elementos essenciais de sua obra madura: “O que você chama a minha segunda maneira, naturalmente me é mais aceita e cabal que a anterior, mas é doce achar quem se lembre, quem a penetre e desculpe, e até chegue a achar nela algumas raízes de meus arbustos de hoje”, dizia Machado em carta ao crítico e amigo José Veríssimo.
Narrado em primeira pessoa, por um narrador-personagem, o romance desfia a história de Brás Cubas, um defunto que, para distrair-se no tédio da vida além-túmulo, resolve relembrar os fatos de sua vida aquémtúmulo. Nessa história, o narrador devassa sua intimidade e a de seus convivas, revelando o lado oculto de suas personalidades, suas vaidades e seus fingimentos. Recorda sua juventude com a amante Marcela, que o amou “durante quinze meses e onze contos de réis”; suas ambições e seu romance clandestino com Virgília, esposa de Lobo Neves, rival no amor e na política. Recorda a teoria do Humanitismo e a figura de seu criador, o filósofo e maluco Quincas Borba.
A partir desse romance será preciso lê-lo de maneira cada vez mais desconfiada, se se quiser captar o sentido profundo de suas histórias.
No aspecto formal mais imediatamente perceptível, isto é, na forma aparente, Memórias póstumas está caracterizado por ser um romance de 160 capítulos, bastante desiguais quanto à sua extensão, e pelo andamento predominantemente reflexivo do texto.

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Til

Til 
Resumo de Obras Literárias
Til [1872]
José de Alencar [1829-1877]

1. Apresentação 
Publicado inicialmente em forma de folhetim no ano de 1872, no jornal A República, o romance Til saiu em quatro volumes no mesmo ano pela editora Garnier. O romance é tradicionalmente classificado entre as obras “regionalistas” ou “sertanistas” de José de Alencar, uma vez que a ação se passa na região de Santa Bárbara d’Oeste, próximo a Campinas (SP). O romance tem como protagonista Berta, menina enjeitada cujas origens familiares serão desvendadas no decorrer do romance. Cenas folclóricas e bucólicas do interior do Brasil, amor adolescente e aventuras espantosas, personagens brutos e grotescos, intrigas envolvendo estupro, mortes violentas, traição e vinganças se combinam nesta narrativa cheia de movimento, emoção, sentimento, suspense e surpresas. Tudo isso contado com maestria pelo nosso mais talentoso escritor do estilo romântico.

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Memórias de um Sargento de Milícias

Memórias de um Sargento  de Milícias 
Resumo de Obras Literárias
Memórias de um Sargento  de Milícias (1865)
Manuel Antônio de Almeida

1. Sinopse
Publicado inicialmente no jornal Correio Mercantil entre Junho de 1852 e Julho de 1853 na forma de folhetim1, a história de Manuel Antônio de Almeida alcançou um grande sucesso de público, tanto que, logo depois, ganhou forma de livro em dois volumes: o primeiro, saiu ainda em 1853 e o segundo, em 1854.
Basicamente, no decorrer de seus 48 capítulos, o enredo das Memórias de um Sargento de Milícias gira em torno de Leonardo, o primeiro grande malandro da literatura brasileira. Centrando seu foco de atenção nesse personagem principal, Manuel Antônio de Almeida vai compondo um rico painel histórico do Rio de Janeiro no início do século passado, no tempo em que o rei D. João VI, fugindo de Napoleão, instalou no Brasil a corte portuguesa.
Há, por parte dos críticos literários de hoje, uma certa unanimidade em torno das Memórias, que aponta o seu caráter ímpar em relação aos demais livros pertencentes ao Romantismo brasileiro. Enquanto a maioria dos autores românticos, “carregando nas tintas”, tentava construir uma imagem idealizada que representasse o Brasil no campo das artes; o criador de Leonardo – andando aparentemente à margem dessa preocupação nacional – nos apresenta um livro que, à primeira vista, escapa a essa lógica romântica e pontua alguns problemas do país, colocando esse livro numa posição destoante em relação ao próprio Romantismo.
Num primeiro instante, esse aparente deslocamento temático do livro de Manuel Antônio em relação ao problema da afirmação da nacionalidade, que se apresenta de maneira mais explícita, por exemplo, num José de Alencar, é atenuado se observarmos que nas Memórias a questão nacional, antes de estar limitada por um “patriotismo de convenção”, privilegia um olhar direto nas relações sociais desenvolvidas por uma classe social que se vê comprimida entre a elite senhorial e a massa de escravos. Ao centrar fogo nesse segmento da sociedade, o autor contribui, à sua maneira, para esse esforço de caracterização dos problemas relacionados à nacionalidade brasileira sem cair nos exageros do compromisso romântico.
Num segundo instante, um dos principais problemas levantados pelo livro foi detectado pelo crítico Antonio Candido no seu famoso estudo sobre as Memórias. No final de seu ensaio, chamado “Dialética da Malandragem”, o crítico afirma que o livro de Manuel Antônio de Almeida é talvez o único livro em nossa literatura do século XIX que não exprime uma visão de classe dominante.
De fato, podemos dizer que o grande motivo desse livro está centrado nos expedientes usados para a sobrevivência de uma classe social que está posta numa situação intermediária: de um lado, ela se vê despida de qualquer poder de mando, atividade praticamente exclusiva à elite senhorial; e, de outro, se vê distante da noção de trabalho, já que o trabalho era “coisa” de escravo.
Colocada diante de tal impasse, essa classe, representada pelo principal personagem do livro, Leonardo, procura meios de fugir a essa situação de instabilidade social. Uma possível saída se apresenta, por exemplo, no instante em que o nosso herói se torna um agregado na casa do Tomás da Sé. Guardadas as devidas proporções, o caráter simbólico da aceitação de Leonardinho como agregado traduz uma prática comum no funcionamento da sociedade brasileira do século passado.
A condição de agregado, ou seja, de uma pessoa que sem vínculos de sangue passa a viver às custas de uma outra família, é sustentada em cima da relação de favor. Essa realidade mediada pelo favor implica uma atitude inclusive de submissão em relação à família que recebe o agregado. Se no caso do nosso personagem, essa relação é logo desfeita por uma intriga que o conduz à prisão; no caso, por exemplo, de um José Dias, de Dom Casmurro, essa relação é exemplar já que o agregado, como afirma o narrador machadiano, “tinha o dom de se fazer aceito e necessário; dava-se por falta dele, como de pessoa da família” e, ao mesmo tempo, “sabia opinar obedecendo”.
Se, de um lado, o favor é uma característica marcante do livro, como atesta o próprio narrador das Memórias ao afirmar que “já naquele tempo (e dizem que é defeito do nosso) o empenho, o compadresco, eram uma mola real de todo o movimento social”, por outro, há um aspecto importante ligado 
essencialmente ao estilo desenvolvido por Manuel Antônio de Almeida nesse livro. Tal estilo se traduz no tom popular que reveste a linguagem do livro despida do tradicional tom elevado da literatura romântica. Podemos ainda perceber um nítido direcionamento da linguagem no sentido da descrição de cenas e costumes (festas, procissões, etc.) que povoam a cultura dessa “classe social intermediária”. Mediado pelo estilo coloquial e direto que recupera o Português popular da época, esse aspecto popularizante contribui para dar ao livro um tom de crônica jornalística que o afasta ainda mais do universo mental das elites senhoriais brasileiras. 
Vejamos mais de perto o enredo das Memórias, acompanhado as principais peripécias desse primeiro herói malandro: 

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Viagens na minha terra

Viagens na Minha Terra Almeida Garrett

Resumo de Obras Literárias
Autor do resumo: Jairo José Batista Soares
Viagens na Minha Terra [1846]
Almeida Garrett [1799-1854]

1. Apresentação
O ponto de partida em Viagens na Minha Terra (1846), do escritor Almeida Garrett (1799-1854), é uma viagem feita pelo autor, de Lisboa a Santarém, em 1843, a convite do político Passos Manuel. O livro é um grande mosaico em que, ao longo de seus 49 capítulos, o autor, de maneira livre, mistura diversos elementos: a narrativa da viagem; a descrição das paisagens e dos lugares históricos visitados; considerações sobre a conservação dos edifícios e monumentos históricos; opiniões sobre a história antiga e recente de Portugal, principalmente os acontecimentos envolvendo a luta entre liberais constitucionalistas e conservadores realistas e o surgimento dos barões (a elite capitalista que tomava conta do país), bem como a decadência da religião e de sua influência na sociedade portuguesa. Entremeada a tudo isso, está a narrativa da trágica história de amor e de família, envolvendo Carlos, um jovem liberal, sua prima Joaninha (a “menina dos rouxinóis”, com seus belos olhos verdes como esmeralda), sua avó D. Francisca e Frei Dinis, o guardião do Convento de São Francisco de Santarém, frade severo que esconde em seu passado um crime que lhe desgraçou a vida e fará perder a felicidade de todos a sua volta. Livro fundamental do nascimento do Romantismo e da narrativa moderna em língua portuguesa, as Viagens na Minha Terra são também uma importante reflexão sobre os rumos históricos de Portugal no momento em que foram escritas. Caso você, leitor, tenha dificuldades para entender o “resumo” que segue, em virtude das referências históricas nele contidas, sugerimos que antecipe a leitura do item “3. Contexto histórico: Portugal dividido”, como forma de embasar sua leitura.

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Adeus?! Não. Até breve!

   Formatura, o último momento juntos. Todos, ou quase, reunidos em uma corrente para um último adeus. Tempos de festas, despedidas, risadas e lágrimas. Uma turma pode não ser totalmente unida, mas não deixa de ser a turma. Intrigas? Lógico. Mas nada como a alegria depois de um entendimento.

   Escrever sobre um assunto tão profundo, dói. Muito embora os momentos que passamos juntos ficarão para sempre marcados em nossa memória, eles se foram. Resta-nos apenas as lembranças, mas enquanto houver tempo, existe a oportunidade de torná-los ainda mais numerosos. É preciso viver, como se não houvesse amanhã, e como se não houvesse alguém assistindo. Sinta, viva.

   Não me importo que não entenda o sentido destas palavras, apenas quero escrever. De nada adianta julgarmos, pois todos, todos nós, estamos passando por uma batalha constante, dia após dia, e aqueles que nos assistem não sabem de nossos sentimentos, nossas falhas, nossos defeitos. Então, apenas siga o seu caminho, e quanto olhar para trás, sorria, alegre sua alma, mas veja no horizonte a sua frente as oportunidades que te cercam.